Marcus Alexandre Motta
Declamo a situação de nossas experiências,
sem pontuar, corrigir ou poder dizer
recente/falha
forma/presença/abertura
idéias/coisas/conceitos
inteligência/ nada
transgressão de ajuste/apresentação
esvaziamento do crédito
completa/ forma
impulso visual/ deslumbramento lacônico
desorientação plástica/ precária estranheza
abandono do longe /aqui/ ali/ lugar da imagem
estica-se um berço/começar pelo fim
dar forma ao resto/equívoco pleno
duplo silêncio das coisas/boca cega Neo-qualquer coisa
— estatura
não lembro de nada/só de coisas e das idéias menores de idade
sufocar de urgências/pó da história/instantes museus/querer biscates do tempo
um monte cínico de socorros/andar com espelhos por todos os lados
um naco no bolso/ ter medo das grandes palavras
inelutável imobilidade/ linha de diáfanos/ fechar os olhos e vê e se vê
vê agora: aí todo o tempo sem mim e sempre será
palavras de arte: permanecem como sorrisos indo, desprevenidas, em direção ao esquecimento
quando alguém vê as estranhas ou as comuns superfícies da arte de alguém, alguém sente que alguém está como quem alguma vez...
arte morrendo, volta episódio
toma-se tudo; retém-se tudo; qualquer coisa é só coisa
posso ver não! quem está atrás de mim? agora me deixa. E o desaforo? como sou
tudo ou nada de todos
Sobre ele: